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| Albert Pujols entra pra história do esporte. |
ENTRADAS, APERITIVOS E PETISCOS!
Não é facil você ser americano nesses dias, caso a vossa senhoria resida em um dos dois estados que brigam na final de uma World Series. É como se de fato no "mundo" só houvesse dois polos, dois lados dentro do cotidiano de um norte-americano comum. Há nas manchetes dos jornais um assunto mais importante que pré-candidaturas dos partidos republicanos e democratas, morte de um ditador libio, ou o que quer que seja. Resumindo: HOJE NOS EUA SÓ VAI SER IMPORTANTE A WORLD SERIES. Mais nada! Partindo desse principio, o americano comum vai chegar do trabalho lá pelas 19,21 horas da noite. Vai ligar a sua TV. Abrir a geladeira, sacar um fardo de Budweiser e aconchegar-se no sofá. Ouvir os comentários de, não sei bem quem anda comentando hoje na FOX americana, Kevin Kennedy talvez... e acompanhar as aflições das equipes em jogo. Caso a franquia que esteja na World Series seja de seu estado, por que não ir em algum pub ou bar acompanhar. Sentir a energia dos amigos, entusiasmados pela partida.
Quando a temporada regular de 2011 começou em 31 de março, todos os grandes analistas e comentaristas das principais emissoras esportivas do planeta denunciavam possiveis vencedores, perdedores e os sacos de pancada. Como já diz o nosso reverendo Paulo Antunes da ESPN, nada é certo no beisebol. Nada. É fato que uma equipe que começa o ano espetacular, pode no meio da temporada se mostrar sem forças até os playoffs e perecer no meio do caminho e um time sem muitas performaces sobreviver e chegar a World Series. São algo em torno de 162 partidas diárias sem descanso. É dificil, beirando ao rarissimo as chances de um line up de pitchers ou de batters não sofrer contusões e em alguns casos precisar ficar meses sem jogar.
No inicio, ninguém conseguia discordar que Boston Red Sox, Philadelphia Phillies, Texas Rangers e por quê não San Francisco Giants chegariam aos playoffs e teriam chances de alcançar a World Series. Os Sox tinham David "Papi" Ortiz, Jacoby Ellsbury, Carl Crowford, Dustin Pedroia, Adrian Gonzalez, Kevin Youkilis ... bem ou mal com a sua rotação titular, com Josh Beckett, Jonathan Papelbon ... a situação era parcialmente tranquila. Com as boas aquisições e a qualidade nos arremessos, não seria exagero vê-los em uma World Series. Os Rangers com uma excelente rotação, rebatedores e aproveitamento podia se esperar de tudo. Ainda mais com as recentes compras de Mike Napoli, contando com os sensacionais Neftali Feliz, CJ Wilson, Colby Lewis, Derek Holland, o bastão em chamas de Adrian Beltre, Josh Hamilton, Nelson Cruz... ou seja, favoritissimos! Os Giants muita gente virou o rosto, mas eu sempre achei que se houvesse a mesma energia e disposição, com as atuações maravilhosas de Tim Lincecon, do excêntrico Brian Wilson, Matt Cain, Ramon Ramirez, Barry Zito, Carlos Beltran, Pablo Sandoval... aproveitamentos incriveis que me fizeram acreditar que pelo menos playoffs poderia conseguir nessa temporada. E os Phillies? Cliff Lee, Roy Halladay, Cole Hamels, Roy Oswalt (que acabou se contundindo) era a Liga Extraordinária do Beisebol definitivamente. Jimmy Rollins, Ben Francisco, John Mayberry Jr., Shane Victorino, Raul Ibanez, Ryan Howard! WOW! Eu diria sim, quem não diria! Yes, they can!
Mas o destino no beisebol mostrou que os Phillies venceriam 102 partidas (um recorde) na temporada regular e logo perderiam para o St Louis Cardinals deixando de disputar a final da conferência Nacional, que reuniu Milwaukee Brewers e os já citados Cardinals. Os Giants nem chegou a pos season, e os Red Sox? Cavalgando em um ritmo avassalador e incontrolável pelos campos verdejantes americanos, chegaria em setembro com uma das piores marcas em fim de temporada de sua história. O por quê da derrocada?
Veja aqui. E os Rangers? Sim, o time do coraçãozinho do ex-presidente George W. Bush e da cantora teen Demi Lovato (ahn?), os Texas Rangers fizeram o dever de casa e passaram de ano! E o melhor: foram para a World Series derrotando o Detroit Tigers do devorador de basebolas de 2011 Justin Verlander, candidatissimo a MVP (Most Valuable Player) nesse ano.
St Louis Cardinals. Como definir uma franquia que não era nenhuma brastemp e virou uma poderosa equipe na pos season? Em um momento raro numa World Series, duas equipes (Texas Rangers e St.Louis) alcançaram o topo sem uma boa rotação titular e dependendo exclusivamente da força do braço de seu line up de rebatedores. É claro que não há um no planeta Terra que discorde da mira de Chris Carpenter na zona de strikeout, ou da malemolência nos arremessos pelas mãos de Colby Lewis. Mas a questão é que o ratting, ou ERA deles nessa temporada não era nada muito impressionante, e que as vitorias eram mais pautadas pelo desempenho dos batters, como Albert Pujols (termino esse post com ele), Yadier Molina, Matt Holiday, Lance Berkman, Jon Jay, Rafael Furcal... graças a eles, vemos os Cardinals na World Series nesse ano... sem dois, três deles não haveria chances de uma vitória sobre Roy Halladay no sétimo jogo do inicio da pos season em plena Citizens Bank Park na Philadelphia. Impossivel mesmo... mas graças a muitos acertos nas aquisições e bons contratos o improvável surgiu. Todos achavam que o Atlanta Braves passaria para os playoffs... os Cardinals piaram de mansinho. Ontem, Texas surpreendeu e avançou a série 3-2 em melhor de sete graças a uma rebatida de Mike Napoli. Na próxima quarta, no Busch Stadium, na casa dos Cardinals, uma vitória na partida dá a conquista inédita aos Rangers de uma WS. Caso St. Louis vença o próximo e o sétimo e ultimo jogo, eles vão á 11ª conquista de sua história. A conferir...
É incrivel! Toda World Series é uma caixa de pandora, uma caixa de surpresas... vencendo ou perdendo, inegável a intensidade dos jogos e as reviravoltas impressionantes... Albert Pujols é um grande jogador, primeira base dos Cardinals seu aproveitamento no bastão é o máximo. Tudo seria normal se ele tivesse tido uma partida extraodinária... mas o que se viu foi uma partida histórica. Não na história da World Series, não na história da franquia... mas na do esporte... do momento em que uma pessoa resolveu chamar um jogo de arremesso e rebatida de... beisebol! Pujols anotou três home-runs em uma única partida de World Series. Houve outros dois que anotaram também três home-runs (sic!) foram: Babe Ruth e Reggie Jackson... há 34 anos, desde 1977 não se via nada parecido! Ele ainda anotou 5 rebatidas válidas em só jogo... ah., de World Series?! Quê que tem, não é mesmo? Ele percorreu 14 bases, anotou quatro corridas, impulsionou seis... tudo isso em único jogo. Acabou? Ele soma 18 corridas em sua carreira pos season, igualando os números de Reggie Jackson e Mickey Mantle. No final a partida terminou 16-7. Sim, 16 (sic!)! 16 corridas! Deixou de ser beisebol meus amigos, virou cooper! Abraço e até daqui dois dias quando soltarei a analise do resultado da World Series, a série histórica de 2011! Abraço!
